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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Imaginação e leitura

Adulto é bicho estranho mesmo... esquece que já foi criança e não liga para alguns pontos importantes. Eu então, mesmo lidando com crianças há 11 anos tem horas que esqueço disso e dou minhas varadas n´água... ontem  mesmo a noite dei uma aqui em casa.
Estava contando uma história da Alice no país das maravilhas a noite para a Gaby, do livro 60 histórias para dormir e só aparece um desenho pequeno por história e ela começou a perguntar onde estavam os outros desenhos das coisas que eu estava contando... então mamãe super entendida de crianças e imaginação vira para cria e fala:
- "Filha tem que pensar com a cabeça os desenhos das coisas que a mamãe está lendo!!!"
Ela faz aquela cara de entendida, mamãe fica super orgulhosa e continua lendo até que ela encosta a cabeça no livro...rsrsrs... eu pergunto o por que e ela vira e fala:
"É para eu ver os desenhos com a cabeça mãe"
Toma anta... isso que dá não saber explicar ou querer antecipar demais as coisas. Na hora não aguentei e caí na gargalhada. O problema é que quando eu tenho crise de riso não páro tão cedo e fiquei rindo  um tempão e ela começou a rir comigo e até eu consegui me explicar levou tempo.
Tenho que ficar mais atenta a esse tipo de coisa...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amanhecer - o livro

Eu sempre fui o tipo de pessoa que amava filmes com vampiros e lobisomens e como apreciadora disso claro que vi toda a saga Crepusculo, em casa mesmo, porque não dava para ir ao cinema com criança pequena e ainda mais para esse tipo de filme. Mas claro que ele me deixou super desanimada, porque quase não aparece um vampiro de verdade, com dentes afiados e tal, os lobisomens mais parecem lobos enormes, nada de dar medo, mas é um filme gostoso de se ver... e aí que quando saiu o Amanhecer eu queria ir ver o filme, mas não daria, com correria de final de ano, criança pequena e tudo mais... resolvi então comprar o livro. A princício achei que não iria ler rápido, ficaria com preguiça, mas o livro te prende de uma tal forma que é impossível largar... na primeira noite (terça, depois de sarar de uma baita dor de cabeça) fiquei presa nele por quase 2 horas e meia e li uma 100 página pelo menos... e já cheguei a mais da metade dele e não consigo parar de ler. Pensa, nem entrei na net ontem!!! Coisa esquisitissima para quem ama isso aqui!!! rsrsrsr
Mas foi bom gostar tanto assim de um livro e voltar a velhos hábitos que eu tinha perdido. Uma das coisas que quero muito fazer em 2012 será ler e não livros sobre maternidade, educação de filhos ou educação escolar e sim livros de ficção, ação e tudo que me atrai, sim porque nem em livros em gosto de coisa água com açúcar... rsrsrs. 
E deixa eu ir lá ler mais um pouco antes de ir dar aulas....

sábado, 15 de outubro de 2011

Leitura para crianças

Já falei aqui "n" vezes sobre a importância de se ler para crianças e até contei que estou fazendo um curso sobre Literatura Infantil. Mas aí, no mesmo curso estou convivendo com outras professoras, que também são mães e vemos que a opinião e o jeito de se lidar com os livros varia muito. 
Eu sou daquelas pessoas que gosta de ler, sente prazer mesmo, viaja com a leitura e não uso nenhum outro artíficio para isso. Quando leio para meus alunos ou para a Gaby, não uso fantoches, coloco roupas diferentes nem nada, eu quero é encantá-los pelo livro em si, pela história, pelo enredo e não pelas gracinhas que vou fazer. E isso tem dado certo até hoje. 
No curso as meninas tem contado que para incentivar as crianças elas se vestem como vovó, usam fantoches e tal. E não acho que esse seja o melhor caminho para a criança adquirir gosto pelo contato com livros e apreciar ouvir histórias. Mas como cada pessoa tem seu ponto de vista e jeito de ser, respeito a todos.
Eu procuro sempre que vou ler, mostrar a capa, falar quem escreveu a história, quem desenhou e para os maiores um pouco costumo contar um pouco da vida do escritor. Acho que isso torna a leitura em si mais interessante, eles querem saber o que mais aquela pessoa escreveu e tal. Aqui em casa ainda não falo sobre isso com a Gaby, mas mostro todos os desenhos, vamos conversando sobre eles e faço a leitura. Para mim, ler e contar histórias são duas situações diferentes. O contar para mim é mais livre, posso usar minhas palavras, pegar um fantoche ou até mesmo uma garrafa e transformar em personagem. Já ao ler não, temos que ser fiéis ao que está escrito, pois o texto não é nosso. 
E percebo que consigo estimular meus alunos e a Gaby a gostar muito de ler e ter contato com livros. Mais do que ter contato, interagir com eles e até mesmo recontar. Estou lendo há alguns dias aqui em casa o livro A Festa no Céu para a Gaby e ela ontem pegou o livrinho e começou a me contar, sozinha. Ela ia vendo as figuras, mostrando com o dedinho e falando algumas partes, certinho. Isso eu acho importante, a criança conseguir relacionar o que ouviu com as figuras e mais para a frente com as letras. Aliás, letra é uma coisa que tem chamado muito a atenção da pequena, que onde tem uma começa a olhar e perguntar de quem é. 
Na escola, trabalho mais com leitura do que com contação, até porque eu me sinto muito mais a vontade lendo do que contando histórias, ainda mais quando temos que usar fantoches. Mas durante a semana das crianças e em algumas datas específicas, costumamos fazer um teatrinho de fantoches para os alunos. E foi o que aconteceu ontem. Contamos a história do João e Maria e as crianças ficaram hipnotizadas. E tudo feito no improviso, sem ensaio, bastando ter um contato um pouco maior com a história e um bom entrosamento entre os participantes. 
A Gaby ainda não teve oportunidade de me ver contando histórias na minha escola, mas logo faremos mais uma tarde de contação e quero levá-la até lá para que ela possa participar também e se encantar um pouco mais pelo mundo dos livros. 
Ah!!! Semana que vem irei colocar mais algumas dicas de livros, chegaram mais alguns ótimos na escola e assim que eu ler e contar para as crianças vou trazer para casa e contar para a pequena e publicar aqui.

Um Feliz Dia dos Professores a todos!!!!

Obs.: Quem não participou do sorteio, corre que ainda dá tempo!!! Clica aqui!!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Coleção Itáu e leitura diversas

Recebemos no final de semana nossa coleção de livros do Banco Itaú e confesso que ficamos muito felizes quando vimos que os livros eram os originais e não uma repaginação (como veio no outro kit). É importante que as crianças tenham contato com os livros e desenhos originais para que possam entender melhor a leitura ouvida e quando se tornarem leitores, possam compreender também o sentido complexo do uso de figuras em livros.
Com o curso de Literatura Infantil que estou fazendo e que tem me deixado de cabelos em pé de tanto ler e estudar...rsrsrs... estou vendo todos os livros com um outro olhar... um olhar mais apaixonada, mais compreensivo e que não tem se contentado com qualquer livro mais. Se antes de entrar no curso eu já não era muito fã desses livrinhos de coleções baratinhas e que vem um monte, agora então nem se fala. Primeiro porque a história é reduzida ao máximo para caber em poucas páginas, usam textos curtos e sem muita emoção, não contém palavras difíceis porque acreditam que as crianças não entendam, então não tenho mais lido eles aqui para minha filhota. Estou selecionando alguns títulos que leio tanto na escola quanto em casa e irei começar a posta toda semana algumas dicas de leitura para os pequenos e nem tão pequenos assim. 
Acho que quando começamos a ler para nossos filhos, estamos abrindo portas de muitas possibilidades para eles. Há um enriquecimento enorme do vocabulário, do entendimento de mundo, da observação das gravuras, mas tudo isso só vai acontecer se nós adultos, obtivermos o hábito de ler para eles e ir mostrando as gravuras, explicando o que vai acontecendo na cena, relacionando a figura com o texto.
Gaby se apaixonou pelo livro que veio da coleção do Itaú, o Adivinha o quanto eu te amo. Já estou lendo ele pela terceira noite seguida e mesmo se eu ler outro livro ela pede a leitura dele e já esta até conseguindo fazer o reconto dele, observando as ilustrações... e mamãe babando, porque não é sempre que uma criança consegue fazer o reconto. Isso depende de muito incentivo e apoio por parte dos pais.
Isso vejo claramente na escola, onde temos o Projeto Leitura. Muitos pais escrevem dizendo que estão achando uma novidade contar histórias para seus filhos e mais legal ainda eles recontarem. Como assim novidade? Os pais nunca pararam para ler nada para os filhos? Isso será um tema trabalhado por mim na reunião de pais de sexta agora... incentivar cada vez mais o hábito de leitura nas casas, mesmo que a escola não mande os livros, podemos adquirir alguns baratinhos, mesmo que com escrita empobrecida, mas devemos ler sempre. E a leitura não precisa ser feita somente com livros, a leitura de um quadro é válida, de um comercial, de  uma revista, anúncio de tv, enfim a mídia está aí para isso é só ter um pouco de paciência e bom senso para usá-la a nosso favor.
As dicas de leitura da semana são:

 As tranças de Bintou - Sylviane A. Diouf
Maria vai com as outras - Sylvia Orthof
Menina bonita do laço de fita - Ana Maria Machado

sábado, 30 de outubro de 2010

Gaby está bem dodói... ontem não quis comer direito, mamou só quando teve vontade e ficou praticamente a tarde toda assistindo Galinha Pintadinha 2 ou o 1... até que apagou sozinha! E enquanto ela dormia aproveitei para ir separando as fotos do projeto Cultura da Paz que estamos trabalhando na escola para poder montar um vídeo... sobrou para a mamãe fazer isso e não tinha nem como negar porque a diretora tem quebrado vários galhos para mim. Ontem, por exemplo, ela dispensou meus alunos porque não tinha ninguém para ficar no meu lugar e eu não iria deixar a pequena na escola dodói como ela está. 
Quando ela acordou ficamos vendo tv juntinhas e depois ela aceitou tomar um pouco de toddy no copinho. Mas não foi muito não... a noite ela voltou a ter febre e foi um verdadeiro drama dar o antitérmico a ela. Ela chora de lágrimas e não quer tomar o remédio, tivemos que dar meio que a força... papai distraia ela e eu tacava na boca. Fizemos lanche na janta e meus pais vieram comer aqui e ficaram o tempo todo com ela. Até que ela comeu várias batatas (que não estavam fritas, aqui em casa eu estou evitando frituras, elas estavam assadas) e bebeu um pouco de água de coco. Pelo menos se alimentou um pouco. Na madrugada ela voltou a ter febre, tentei dar o remédio de novo e nada. Tentei dar o dipirona e ela  vomitou tudo... então olhei para a chupeta dela (que está toda mordida!!!) e me veio a idéia na cabeça: vou improvisar uma chupeta para remédio, tipo essa aqui... eu já tinha visto fazia muito tempo mas não comprei claro, mas ontem improvisei, arranquei a parte de cima da chupeta dela e taquei o remédio dentro e dei a ela. Ela ficou olhando a cor da chupeta (que ficou vermelha!!!) mas pegou assim mesmo. E deu certo!!! Ela tomou todo o remédio sem escadalo e sem mamãe ficar brava.
Pausa no texto: O climatempo havia falado que iria chover amanhã, mas quando acordei o tempo estava todo esquisito e agora tá uma baita chuva lá fora, com trovões e tudo!!! Espero que eles não tenham errado a previsão do feriado todo, porque estamos pensando em levar a pequena para conhecer ou o Zoológico ou o Simba Safari.... colabora com a gente São Pedro!!!
Despausa...rsrsrs
E até esqueci de falar, chegaram meus livros do Itaú que eu pedi aqui . São uma graça, mas Gaby ainda não os viu, quando acordar vou mostrar a ela.
E agora (11:15) enquanto mamãe está aqui trabalhando na edição do vídeo da escola, bebê e papai estão dormindo como anjos no quarto...
Bom os dois demoraram um tempo para acordar e graças a Deus a pequena acordou bem melhor hoje. Está com mais tosse porém ja não é aquela tosse rouca mais. E febre também não teve. Até almoçou alguma coisa e bebeu bastante água. Ufa!!! Depois do almoço mamãe estava inspirada e fez um pavê bonitão e gostosão!!! De mousse de chocolate e o mousse ficou tão gostoso como há muito tempo não ficava!!! Acho que hoje estou com a mão boa para doces!!!
Depois ainda consegui fazer minha unha, com direito a pintar com esmalte escuro e tudo. Claro que no meio do caminho tiveram artes da pequena, que ficou colocando a mão na água, depois passou esmalte na minha calça, mas tudo bem. Enquanto fiz as unhas ainda fomos (eu e papai) assistindo a Era do Gelo 3 e papai rolou de rir. Gaby de vez em quando olhava para a Tv mas não se interessou muito não, só quando eu ia falando dos animais que iam aparecendo ela dava uma olhada e voltava a brincar. Depois de fazer a unha foi a vez de fazer a mocinha dormir, que não parecia querer, mas foi só abraça-la e coloca-la no colchão com a gente que ela capotou... e como ela estava dormindo resolvemos começar a assistir ao 24 Horas (sei lá qual temporada, acho que é a 8ª). E como isso vicia acabamos assistindo 3 episódios!!! Os dois últimos com ela acordada, porque quando papai chegou com o doce na sala para a gente comer ela arregalou o olho, mas quando provou o doce não gostou... tudo bem ela não é muito chegada a doces mesmo.
E ainda estou deixando uma lasanha prontinha para amanhã o papai colocar no forno enquanto mamãe trabalha de novo na eleição (graças a Deus que estou trabalhando nas eleições, senão queria ver como faria para ficar em casa com ela dodói sem ter essas folgas....).



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Hoje recebi em meu orkut uma mensagem da amiga querida Matilde que trabalhou comigo em SP me contando sobre o site http://www.lerfazcrescer.com.br. Na hora fui me cadastrar para receber os livros! E depois de uns 3 dias recebi minha Nova Escola e lá também estava falando sobre esse projeto do Itaú. Como aqui em casa procuramos incentivar a leitura em nossa pequena, que claro, ainda não lê, mas já sabe perfeitamente manusear um livro, porque desde bem novinha sempre demos livros a ela, começamos com os de banho, depois pano e finalmente compramos vários livros de bebês. Gaby tem praticamente uma mini biblioteca com vários temas!!! Vou colocar só algusn porque não consegui (perdi a paciência no meio do caminho...rsrsr) encontrar todos na net para copiar, depois fotografo todos e coloco aqui. Esses livros são dela, somente ela mexe, não levo para a escola nem nada do tipo. Alguns já estão até bem gastos de tanto que ela mexe com eles. Mas livros foram feitos para serem manuseados e como tempo estragarem, ainda mais um livro de bebê. Nunca quis que eles ficassem conservados eternamente, quero mesmo é que ela mexa em tudo e reconheça tudo o que vê nos livrinhos dela!!! Fico feliz em ver minha filha se desenvolvendo tão bem e ficando mais esperta a cada dia que passa.








 

Fora esses que ela tem, ainda tenho uma quantidade enorme de livros que ela irá mexer quando for um pouquinho maior, porque são livros mais frágeis e com muita coisa escrita e menos desenhos e ela não se interessa muito ainda por eles. Tem também a coleção de contos da Editora Abril que fiz antes mesmo de ficar grávida.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

E minha pequena já está completando 1 ano e 1 mês. O tempo voa e cada dia é uma nova descoberta dela. Ela agora já está mais interessada em "ler" seus livrinhos e passa um bom tempo mexendo neles. Até senta no nosso colo e pega um deles para gente ler para ela. Essa semana fui com ela até a escola e ela amou um livrinho que peguei para ler para ela e não queria devolver... é um bom sinal isso, me deixa muito animada em ver que ela gosta de ler e ouvir histórias e aqui em casa o que não falta são livros para ela se acabar de tanto ler!!!
E minhas leituras continuam para entender como funciona o desenvolvimento infantil. Agora andei lendo algumas coisas a respeito da aquisição da fala e linguagem. Temos que continuar estimulando muito nossa pequena para que ela possa continuar se desenvolvendo super bem como tem acontecido. Acredito que não vai dar muito trabalho ela falar, ela já tenta repetir algumas palavras e já tem um vocabulário próprio como eu já havia escrito por aqui.
Lá vai um texto retirado do Baby Center:


Marcos de desenvolvimento: Fala

Escrito para o BabyCenter Brasil

A fala

Seu bebê vai aprender aos poucos a usar palavras para descrever o que vê, ouve, sente e pensa na medida em que completa saltos de desenvolvimento mental, emocional e comportamental. Os pesquisadores agora sabem que, muito antes de um bebê murmurar sua primeira palavra, ele aprende as regras da linguagem e percebe como os adultos a usam para se comunicar.

Quando se desenvolve

As crianças aprendem a falar durante os dois primeiros anos de vida. Seu bebê começará usando a língua, os lábios, o céu da boca e qualquer dente que esteja aparecendo para produzir sons ("os" e "as" no primeiro ou no segundo mês; os murmúrios começam pouco depois). Logo, esses sons se tornam palavras de verdade (um "mamã" ou um "papá" pode escapar sem querer entre os 4 e os 5 meses, levando lágrimas aos seus olhos -- quem se importa se foi intencional ou não?). A partir daí, seu bebê vai aprender mais palavras com você, com seu parceiro e com quem mais estiver perto dele. Entre 1 e 2 anos, ele começará a formar frases com duas ou três palavras.

Como se desenvolve

O choro do seu filho ao nascer é a primeira incursão que ele faz no mundo da linguagem. Naquele momento, ele expressa o choque de sair do confinamento gostoso do útero e de estar em um lugar desconhecido. A partir de então, vai absorvendo os sons, os tons e as palavras que moldarão a forma com que ele vai falar.
A fala está ligada de forma inextricável à audição. Quando ouve as outras pessoas conversarem, o bebê aprende os sons das palavras e como as frases são estruturadas. De fato, muitos pesquisadores acreditam que o trabalho de compreender a linguagem começa enquanto o bebê está no útero. Assim como antes de nascer o bebê se acostuma ao compasso dos batimentos do seu coração, ele entra em sintonia com o som da sua voz. Dias após o nascimento, é capaz de discernir a sua voz das dos demais.

De 1 a 3 meses
A primeira forma de comunicação do seu filho é o choro. Um grito agudo pode significar fome, enquanto choramingos curtos e repetidos podem assinalar a necessidade de trocar a fralda. Depois de algum tempo, o pai e a mãe aprendem a reconhecer os diferentes tipos de choro, para atender melhor às necessidades da criança. Dá para distinguir o choro de cólica do choro de fome, por exemplo. À medida que o bebê cresce, vai desenvolvendo um repertório delicioso de gorgolejos, suspiros e arrulhos, tornando-se uma minifábrica de som. Sobre a capacidade de entender a linguagem, os linguistas dizem que os bebês de até 4 semanas são capazes de fazer a distinção entre sílabas similares, como "ma" e "na".

Quatro meses
Neste ponto, seu filho vai começar a balbuciar, combinando consoantes e vogais (como "dadá" ou "babá". Os primeiros "mama/ã" e "papá" podem escapar aqui e ali, e embora certamente façam você e seu companheiro se derreterem todos, não significam que o bebê já relacione direito as palavras a vocês. Isso vem depois, quando ele estiver com quase um ano.
As tentativas dele de falar vão parecer um jorro de monólogos em outra língua qualquer, infindáveis torrentes de palavras. A vocalização é uma brincadeira para a criança, que faz experiências usando a língua, os dentes, o céu da boca e as cordas vocais para produzir todo tipo de sons engraçados. Ela se diverte quando descobre que é ela quem faz tudo aquilo, fica estimulada a repeti-los e a procurar novos barulhos.
Nesse estágio, os balbucios têm os mesmos sons, não importa se a família do bebê fale português, inglês, francês ou japonês em casa. É possível perceber uma preferência da criança por determinados sons ("ca", "da" ou "auá", por exemplo), repetidos por ele sem cessar porque ele gosta do jeito como soam e da sensação na boca que eles produzem quando são pronunciados.

De 6 a 9 meses
Quando a criança balbucia e emite sons, eles até parecem fazer algum sentido. Isso ocorre porque ela passa a usar tons e padrões similares aos que você usa. Estimule o seu bebê a balbuciar lendo para ele, cantando e conversando.

De 1 ano a 1 ano e 5 meses
Ele usa uma ou mais palavras e sabe o que elas significam. Pratica até mesmo a inflexão, elevando o tom ao fazer uma pergunta, como "co-lo?", quando quiser ser carregado, por exemplo. A criança percebe a importância da fala e o enorme poder que representa o fato de ser capaz de expressar suas necessidades.

De 1 ano e meio a 2 anos
O vocabulário pode incluir até 200 palavras, muitas delas nomes. Entre 1 ano e meio e 1 ano e 8 meses, as crianças aprendem uma média de dez ou mais palavras por dia. Algumas aprendem palavras novas a cada 90 minutos, uma média impressionante. Cuidado, portanto, com o que diz na frente do seu filho! Ele vai também juntar duas palavras, formando frases básicas como "É meu" (bem típica do comportamento possessivo dessa fase!).
Aos 2 anos, usará frases com três palavras e cantará canções simples. O senso de identidade dele vai amadurecer e ele começará a falar sobre si -- do que gosta e do que não gosta, o que pensa e sente. Os pronomes podem confundi-lo e é possível que você o pegue dizendo "nenê fez", em vez de "eu fiz".

De 2 a 3 anos
A criança terá um pouco de dificuldade para empregar o volume apropriado para falar, mas logo aprenderá. Também começará a desvendar os macetes dos pronomes, como "eu" e "você". Entre 2 e 3 anos, seu vocabulário aumentará para até 300 palavras. Ela usará nomes e verbos juntos para formar frases completas, embora simples, como "Eu quero agora".
Quando fizer 3 anos, seu filho usará a fala com mais sofisticação. Será capaz de manter uma conversa e ajustar o tom, os padrões de fala e o vocabulário ao parceiro da conversação. Usará, por exemplo, palavras mais simples com outras crianças, mas será mais sofisticado com você. É possível que você já entenda tudo o que ele diz. A maioria das crianças nessa idade é fluente ao dizer o nome e a idade, e responde prontamente a uma pergunta. Nesse estágio, você pode corrigir eventuais palavras ou concordâncias simples ditas pela criança, de preferência repetindo a frase ou palavra do modo correto, sem advertir seu filho por ter falado "errado".

O que vem pela frente

À medida que seu filho cresce, ele fica mais tagarela. Você mal vai se lembrar da época em que ele não falava e vai se divertir ouvindo sobre os trabalhos que ele fez na escola, sobre o que a amiguinha Sabrina comeu no almoço, o que ele acha da madrasta da Cinderela e qualquer outra coisa que ocupe a mente dele. Ele também começará a lidar com a habilidade mais complexa da escrita.

O que você pode fazer

É simples: converse com seu filho. Pesquisas mostraram que crianças cujos pais falavam bastante com elas na primeira infância tinham um QI significativamente maior que o das outras crianças. O vocabulário delas também se mostrou mais rico que o de crianças que não receberam muito estímulo verbal. Você pode começar já na gravidez, de forma que o bebê se acostume com o som da sua voz, o que já pode ir estimulando conexões no cérebro dele. Leia um livro em voz alta ou cante para o bebê enquanto estiver no banho. Tudo bem, é possível que você se sinta estranha fazendo isso. Se for o seu caso, não precisa ficar culpada, ele já ouvirá bastante a sua voz quando você falar com outras pessoas.
Quando o bebê nascer, converse enquanto estiver trocando a fralda, dando de mamar ou dando banho, e dê um tempo para que ele responda com um sorriso ou olhando nos seus olhos. Um bom jeito de começar é simplesmente descrever o que você está fazendo: "Agora a mamãe vai colocar você na água quentinha (e assim por diante)". Por volta dos 5 meses, você poderá perceber que ele presta atenção aos movimentos da sua boca. Continue falando e em breve ele começará a tentar conversar também.
É impossível não usar um certo "tatibitate" ao falar com o bebê, e ele tem lá sua função afetiva, mas procure usar também frases reais, no mesmo tom de voz e com o mesmo vocabulário que usaria com um adulto. Seu filho só aprenderá a falar se você ensiná-la a fazer isso. Não há motivo para evitar o uso de palavras complicadas. Embora talvez precise simplificar a forma como fala para que seu filho compreenda o que você quer dizer, a melhor maneira de ele aumentar o vocabulário é escutando você usando novas palavras.
Ler é uma ótima forma de ajudar a desenvolver as habilidades de linguagem do seu filho. Os bebês vão adorar o som da sua voz, as crianças maiorzinhas vão aproveitar as histórias e mais tarde podem até mesmo interrompê-las para dizer o que está acontecendo ou dar algum palpite.

Quando se preocupar

Bebês com problemas de audição param de balbuciar por volta dos 6 meses. Se o seu não emite nenhum som (nem mesmo tenta fazê-lo) nem olha nos seus olhos, consulte seu médico. Embora algumas crianças comecem a formar palavras com 9 meses, muitas vão fazer isso só depois do primeiro aniversário, até 1 ano e 3 meses. Se o seu filho ainda não fala nenhuma palavra com essa idade, ou você ainda não consegue entender nenhuma palavra do que ele diz, converse sobre o assunto com o pediatra. Só ele poderá fazer uma avaliação individualizada, de acordo com as características do seu filho.
Se até os 3 anos seu filho continuar a comer consoantes (dizendo "asa" para "casa", por exemplo) ou a substituir um som ou uma sílaba por outra (dizendo "papato" em vez de "sapato", por exemplo), vale a pena conversar com o pediatra, que, dependendo do caso, pode recomendar uma avaliação fonoaudiológica. O profissional da área poderá orientá-la para fazer exercícios em casa ou indicar uma terapia. Às vezes pequenas atitudes, como chamar a atenção para o som errado repetindo a palavra corretamente, já são suficientes para obter bons resultados. Se seu filho disser: "Qué pô o papato", você pode responder: "Ah, você quer pôr o sapato?"
Todas as crianças pequenas gaguejam de vez em quando. Pode ser que estejam aceleradas demais pela vontade de contar o que se passa por sua cabeça que não consigam escolher as palavras certas na hora. A velocidade do raciocínio acaba sendo maior do que a mecânica da fala. Deixe a criança terminar a frase sozinha, sem interrompê-la para ajudar. Apesar de sua intenção ser das melhores, a interrupção poderá soar como um desestímulo.
A maioria das gagueiras é transitória, e muitas vezes aparece num momento de ansiedade, como perto do aniversário, do início das aulas ou da chegada de um irmãozinho.
Uma gagueira persistente, no entanto, deve ser avaliada por um profissional fonoaudiólogo. A criança em geral faz mais progressos se for avaliada entre 6 e 12 meses após se notar pela primeira vez a gagueira, independentemente da idade. Você também pode pedir ao pediatra a indicação de um especialista

Marcos do desenvolvimento: Compreensão de palavras, comportamentos e conceitos

Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil

Compreensão de palavras, comportamentos e conceitos

Recém-nascidos são como estrangeiros que acabaram de chegar ao país: não falam nossa língua nem entendem direito o que estamos dizendo. Mas eles aprendem rápido. Pesquisas mostram que os bebês começam a ouvir a voz dos pais já no útero. Quando nascem, começam a prestar atenção nas palavras e nos padrões das frases para descobrir o que as pessoas estão dizendo. Também usam seu poder de observação para aprender coisas mais complexas sobre o mundo físico e emocional, como amor, confiança, tempo e o fenômeno de causa e efeito.

Quando se desenvolve

Seu filho começa a tentar entender o que os outros estão falando e fazendo mesmo quando ainda está na barriga. No começo, ele não sabe o significado das palavras que você usa, mas capta suas emoções (como amor, preocupação, ansiedade e raiva). Quando chega aos 4 meses, reconhece seu próprio nome, e entre os 8 e os 12 meses já entende ordens simples, como "Não" e "Tira a mão". Depois dos 2 anos de idade começa a conseguir cumprir determinações em duas etapas, como "Vá até a cozinha e pegue seu sapato". Aos 3 anos, ele terá um vocabulário de algumas centenas de palavras e uma boa idéia dos aspectos mais complicados do cotidiano, como as tarefas básicas de comprar e fazer comida, trabalhar, limpar a casa, além de certa noção de horário.

Como se desenvolve

Recém-nascido a 1 mês

A cada minuto que passam acordados, os bebês absorvem informação sobre o mundo à sua volta, empregando os sentidos para descobrir o que está acontecendo no ambiente em que vivem. Não possuem os dados que os adultos e as crianças mais velhas costumam usar para entender as coisas. Muitos especialistas afirmam que os bebês entendem bem mais do que os pais imaginam.
Os bebês mantêm uma sintonia emocional com as pessoas que os cercam, pois essa é uma de suas armas para sobreviver. Por isso, percebem o que você está sentindo e pensando pelo tom da sua voz, pelo movimento da sua boca, pelo ritmo da sua respiração, pela sua pele e até pelo brilho no seu olhar. Seu filho cria uma versão da realidade a partir do modo como você responde a ele -- quando ele chora, você o conforta; quando ele tem fome, você o alimenta. À medida que a coordenação motora do bebê se aperfeiçoa, que sua memória fica mais aguçada, que ele consegue manter a concentração por mais tempo e que suas habilidades sociais ficam mais refinadas, ele também entende melhor as coisas.

De 2 a 3 meses

Seu bebê continua a absorver todas as informações que o cercam. Sua atividade favorita é observar o que acontece em seu ambiente, e agora ele já entende que você o acalma, o alimenta e brinca com ele sempre que ele precisa de você. O primeiro sorriso de verdade aparece nessa fase, e ele percebe que é uma maneira de demonstrar a você que ele está satisfeito. Ele vai gostar da reação que provoca ao sorrir. Com 3 meses, ele não só vai sorrir como vai começar a emitir sons, dando início a uma forma de conversa primitiva com você.

De 4 a 7 meses

A criança passa a saber seu próprio nome e a entender quando está sendo chamada. Talvez até responda, virando-se para você. Também está mais sintonizada com o tom da sua voz. Quando sua fala é amistosa, ela reage com alegria, mas, se você fala sério demais, pode até chorar. Está começando a perceber a diferença entre os estranhos e os rostos conhecidos, e talvez chore se for para o colo de alguém que não reconheça.

De 8 a 12 meses

Seu bebê está começando a entender ordens simples. Se você disser "Não" quando ele tentar pôr a mão na tomada, por exemplo, ele vai parar e olhar para você -- talvez até balance a cabeça fazendo "não". Também está testando sua reação ao que ele faz. Pode jogar a comida no chão só para ver o que você vai fazer, e depois guarda sua reação na memória. Mais tarde ele fará novos testes, para ver se você reage do mesmo jeito.

De 1 ano a 1 ano e meio

Com 1 ano e meio, seu bebê provavelmente já é capaz de entender e usar pelo menos 50 palavras. E conseguirá seguir instruções, mesmo que elas envolvam duas ações -- por exemplo: "Recolha os bloquinhos e ponha na caixa".

De 1 ano e meio a 2 anos

Seu filho começa a compreender que as necessidades dele nem sempre combinam com as suas. Vai tentar se impor -- cruzando os braços decidido quando você tentar dar a mão para ele, por exemplo. Também passa a entender conceitos como espaço e dimensão. Provavelmente já consegue montar um quebra-cabeça simples, e sabe a diferença entre um triângulo e um quadrado, sendo capaz de encaixá-los numa forma vazada.
Também está entendendo o fenômeno de causa e efeito -- sabe que quando aperta a barriga do bichinho de pelúcia, por exemplo, ele toca música.
Essa nova habilidade será bem útil quando ele estiver pronto para largar a fralda (o que ainda deve demorar mais alguns meses).

De 2 a 3 anos

Nessa fase seu filho já entende bastante bem a língua. Especialistas em desenvolvimento afirmam que a maioria das crianças de 2 anos compreende no mínimo 150 palavras, e que dez novas palavras são acrescentadas todo dia ao seu vocabulário. Como a aquisição da linguagem virou uma coisa natural para ele, seu filho pode agora se concentrar em conceitos mais complexos, que envolvam as emoções.
Entre os 2 e 3 anos, a criança passa a compreender os elementos básicos que compõem os relacionamentos: amor e confiança. Ele sabe que você e o resto da família cuidam dele e que estão ao lado dele. Apreendeu esses conceitos tão importantes pela maneira como você o tratou nos primeiros anos de vida. O fato de você ter cercado seu filho de carinho, atendido a suas necessidades e zelado por sua segurança o ajudou a se tornar uma criança confiante e otimista.
Ele está começando a entender aspectos mais complicados da vida cotidiana, só de assistir ao que você faz no dia-a-dia. Além disso, percebe como deve tratar as outras pessoas (também ao observar suas atitudes). O modo mais fácil de garantir que ele se torne uma pessoa solidária e íntegra é prestar atenção no modo como você trata os outros -- especialmente seu próprio filho.

O que vem pela frente

O número de palavras que seu filho é capaz de entender aumenta rápido. Aos 6 anos, a maioria das crianças tem um vocabulário de quase 13 mil palavras. Nos próximos anos, ele vai começar a compreender situações e idéias cada vez mais complexas, como os princípios da matemática, distinguir o certo do errado e conceitos como o futuro.

O que você pode fazer

Se você conversar e ler para o seu filho, vai ajudá-lo a adquirir bons recursos de comunicação. Em geral, a compreensão da palavra vem antes de a criança ser capaz de pronunciá-la.
Brincar com a criança a ajuda a aprender sobre como funciona o mundo. Desafie-a com brinquedos adequados à sua faixa etária e com jogos que estimulem seu desenvolvimento físico e mental. Aproveite-se da curiosidade dela para mostrar que aprender é prazeroso, bom e gostoso. Gostar de aprender só vai fazer bem para ela.
Demonstrar afeto pela criança é a melhor maneira de ensiná-la da importância de conceitos emocionais como a empatia.

Quando se preocupar

Se, com 3 anos, seu filho parece ter dificuldade para entender as instruções e sugestões mais simples, fale com o pediatra. Outro motivo para conversar com ele é se a criança ficar genuinamente perplexa quando você lhe pede que faça alguma tarefa simples. Se você tiver mostrado inúmeras vezes ao seu filho como se abre uma caixa, mas mesmo assim ele não conseguir entender o que deve fazer, por exemplo, ele pode estar com algum tipo de atraso cognitivo.