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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Férias - meu ponto de vista enquanto mãe e professora

Tenho lido em vários blogs pais que estão desesperados agora que as férias escolares chegaram. Em um deles até existia um texto falando sobre o porque das férias escolares lá do passado onde as crianças precisavam ajudar na colheita de algodão e por isso era necessário haver uma pausa em julho. E que hoje em dia isso não seria necessário. Opa, pera lá!!! Não é necessário para quem? Para nós pais, ou para os professores, ou para as crianças? Consigo enxergar os problemas de todos os lados da situação, pois afinal de contas lido com todos eles!!!
Do ponto de vista da grande maioria dos pais, ter férias escolares significa dor de cabeça, ter que pensar no que fazer para manter os filhos ocupados, mandá-los para colônias de férias, fazer revezamento com outros pais ou mandar para a escola mesmo, afinal muitas não fecham no meio do ano. Mas e quando esses mesmos pais quando estão de férias saem para viajar com os parceiros e deixam  os filhos com os parentes? Quando eles realmente curtem os filhos? Nâo consigo entender essa lógica... mas cada um é cada um.
Agora do ponto de vista dos professores, afinal sou uma né? O recesso (que não são férias, podemos ser convocados a trabalhar a qualquer momento... isso pouca gente sabe né?) existe até por uma questão de salubridade mental e física. A própria Organização Mundial da Saúde aconselha isso. É um momento para os professores relaxarem, tomarem um novo pique e energia para levar adiante até o final do ano suas turmas. Agora pensa se não houvesse essa parada no meio do caminho, será que a maioria dos professores aguentaria o tranco até o final do ano sem surtar? Porque meu bem, é fácil trabalhar em escritório, onde deu o horário de ir embora, é só pegar a bolsa e tchau...agora professor não. Tem que chegar em casa, estudar o que vai ensinar, preparar aulas, corrigir lições e para os que lidam com os pequenos, provavelmente tem que passar atividades em vários cadernos...ufa..uma canseira, que só quem é professor sabe como é.
Do ponto de vista da sociedade em geral é fácil ser professor, trabalhamos poucas horas e só. Mas ninguém pára e vê o quanto trabalhamos fora da escola. Estudamos pra caramba também. Claro que tem aqueles parados no tempo, que não se dedicam e tal, como em toda profissão, mas acredito que são a minoria, mas infelizmente são esses que os pais e a sociedade se recordam sempre.
E do ponto de vista da criança? Tem coisa mais gostosa do que ficar em casa com os pais? Brincar em seu canto, descansar? Todo mundo tem que ter um tempo para ficar em casa, se distrair, ficar de papo para o ar, brincar sem hora para acabar. SER CRIANÇA!!!
Então eu acho que antes da gente querer ser pai para cumprir um papel social somente, deveriamos analisar como faremos quando a criança estiver em idade escolar, como funcionará nossa dinâmica. Porque me dói muito quando os pais viram e perguntam: o que vou fazer com ele em casa esse tempo todo? Ora essas, coloca a cabeça para funcionar e inventa um monte de coisas!!! 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Assistencialismo - desabafo

Se tem uma coisa que eu sou radical é com a questão do assistencialismo que temos hoje em dia em nosso país. Ao invés de se criarem novos empregos, melhorar a capacitação do trabalhador que não está conseguindo voltar ou entrar no mercado de trabalho, prefere-se enchê-lo de "bolsas sei lá o que" e transformar a grande maioria em acomodados. Digo isso porque lido com várias mães e pais que tem esse pensamento: Vou trabalhar para que? Tenho minhas "bolsas" que me sustentam e vão enchendo o mundo de filho para ter mais verbas...
Um pensamento muito equivocado, pelo menos na minha opinião.
Sou totalmente contra a política de planejamento familiar existente no Brasil. A mulher vai ao posto ganhar remédio, mas quem diz que ela toma? E pega camisinhas, mas quem diz que usa? E vai tendo um filho atrás do outro, sem a menor condição de criar, cuidar, educar e alimentar. Aí coloca na creche, porque lá ele vai ter comida, vai tomar banho e dormir. Tá, e quando vai para casa? Vai ter o que? Vejo isso nas creches públicas daqui e acho que do Brasil todo, criança que vai embora com a fralda colocada na creche e volta no dia seguinte com a mesma, criança que se não toma banho na creche não toma em lugar nenhum, roupa suja que fica a semana toda na mochila, fedendo e mãe nem tira para lavar. Isso é criar um filho com qualidade?
E não me venha falar em pobreza, porque conheço muita gente super pobre que tem filhos super limpos, casas super limpas e nem parece ser tão pobre como é. Ao contrário de muitas mães que ganham as tais bolsas e usam o dinheiro para comprar cigarro e bebida... deplorável isso.
E aí ficam essas casas de assistencialismo, do tipo LBV, ligando na casa da gente e pedindo ajuda pro leitinho das crianças... tá e quem garante o leitinho da minha filha? Eu e marido nos matamos de trabalhar, ele mais ainda, que passa várias madrugadas acordado desenhando para termos uma qualidade de vida melhor e vem essas campanhas querendo tudo na moleza? Eu ajudo eles e quem nos ajuda? Porque as famílias não aceitam trabalhos com  menor remuneração para conseguir se sustentar? Conheço muita mãe que não trabalha, não tem condição de cuidar dos filhos mas quando você fala para ela fazer uma faxina ela olha com a maior cara de nojo e solta: "Eu fazer faxina? Prefiro ficar sem dinheiro....". Que pensamento esquisito é esse?
Eu trabalharia de qualquer coisa para sustentar minha filha. Graças a Deus, tive muita ajuda dos meus pais em meus estudos e acho que mesmo sem ajuda, mas com força de vontade de cada um conseguimos progredir e muito nos estudos e consequentemente na vida. Prestei concurso público e tenho cargo efetivo por conta do meu esforço pessoal, ninguém fez nada por mim. Porque tenho que concordar com que as pessoas tenham tudo de mão beijada, sem o menor esforço?
Isso tudo me irrita profundamente e me dá uma tristeza enorme ver que nada será feito a respeito disso e que tudo vai continuar como está por muito tempo ainda...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ter ou não babás?

Hoje estava lendo um post sobre ter ou não babás, aqui no Desabafo de Mãe e fiquei pensando em como seria a minha vida com outra pessoa o tempo todo aqui em casa cuidando da minha filha... e acabei chegando a conclusão de que não quero isso realmente para mim! Sou muito centralizadora e quero sempre saber tudo o que está acontecendo e não teria como fazer isso se tivesse outra pessoa cuidando da Gaby para mim. Já tivemos essa experiência e confesso que não foi nada legal. Prefiro muito como está hoje em dia nossa vida.
Não sou contra quem tem, mas vejo que hoje em dia muitas mulheres querem ser mãe mas não querem perder a liberdade que tinham antes. Peraí, como ser mãe e não perder a liberdade? Se desde a barriga já carregamos alguém junto com a gente para todo canto? Acho que a sociedade está meio que distorcendo as coisas e achando que mãe é só para colocar no mundo e que outras pessoas irão cumprir suas funções, como educar, cuidar, dar carinho, etc. 
Eu lido com isso todos os dias, com crianças que são deixadas nas mãos de outras pessoas para que a mãe trabalhe ou simplesmente para que a mãe tenha tempo de fazer suas coisas. Como assim? Ficar com a criança em casa, sem trabalhar e ainda ter ajuda de outra pessoa? Não entendo mesmo... não vou me gabar, mas consigo dar conta de uma baita casa, trabalho, roupas, alimentação, filha e marido sem ajuda. Claro que fico cansada, mas não deixo de tomar meus banhos com calma, meus cabelos e unhas estão sempre arrumados, tudo em seu devido lugar, sem drama nem estresse. 
Acho que cada família tem mesmo que achar qual a melhor solução para sua vida, mas sem querer deixar os cuidados dos filhos para outras pessoas o tempo todo. Temos que ser pais em alguma hora do dia pelo menos. Já tive mães na escola me falando que não sabem o que fazer com os filhos... imagina se ela não sabe, quem vai saber? Tive outra que me falou que não sabia ser mãe da filha dela, porque nunca tinha ficado com a menina, sempre trabalhou e deixou outras pessoas cuidando o tempo todo dela (!!!!) e que queria minha ajuda para educá-la, mas era uma criança tão perdida, tão são referenciais de tudo que foi bem complicado ajudar a mãe e a criança.
Temos que cuidar bem de nossas crianças procurando passar mais tempo com elas e dedicando mais de nossa vida a elas. Mesmo que seja pouco o tempo que temos, esse pouco tem que ser bom. Não dá para querer ter filhos só para agradar ao companheiro ou a sociedade, tem que ser consciente, pensar que ele estará em sua vida para sempre e é sua função ensiná-lo o que deve ser ensinado e fazer dele uma boa pessoa.