sexta-feira, 20 de maio de 2011

Alimentação infantil - a da Gaby e das outras crianças

Faz tempo que estou ensaiando para escrever sobre a alimentação da Gaby e cada hora acontece alguma coisa diferente e não faço isso, mas depois de assistir ao Globo Repórter de sexta acho que chegou a hora.
Desde quando a Gaby iniciou na alimentação procuro ser o mais natural e saudável que consigo. Aliás, acho que mudei muito em minha alimentação desde a gravidez, procurei comer de tudo um pouco pois li que o paladar da criança se forma dentro do útero, então comia de tudo e não engordei tanto assim, foram 12 kilos ganhos.
Mas voltando a ela. Começamos com as papinhas de fruta. Ela sempre pegou bem a papinha de banana, maçã, pera, mas não aceitava mistura de frutas. Nunca acrescentei açúcar, mel ou farinha em nada dela, nem nas frutas nem no leite da mamadeira. Quando começamos com a papa salgada misturamos os mais diferentes legumes e verduras e só bati no liquidificador na primeira vez e ao contrário do que muitas mães relatam ela comeu um tantão e se bobeasse queria mais. Eu cheguei a congelar várias vezes as papinhas e ia descongelando as porções conforme acabava. Nessa época ela ficava na minha mãe em grande parte do período pois eu dava aulas o dia todo, então eu praticamente só fazia a janta, mas fazia questão de dar o almoço para ela enquanto estava na minha mãe. 
Conforme ela foi crescendo fomos deixando a papa mais grossa, só amassava no garfo e fui aos poucos acrescentando arroz mais molinho e caldinho de feijão, carninha bem picadinha e legumes amassados. Ela sempre aceitou bem tudo que lhe era oferecido e não tivemos nenhum problema em passar de um estágio para outro da alimentação dela.
Quando ela fez 1 ano, o pediatra disse que já poderia começar a comer nossa comida. E foi o que eu fiz. Sempre temos vegetais e legumes para gente também em nosso prato. E eu continuava amassando o feijão só para não correr o risco dela engasgar, mas graças a Deus nunca tivemos nenhum episódio disso aqui em casa.
Também nunca tive dramas em alimentá-la fora de casa. Se não tinha levado sua papinha dentro da marmita térmica, dava comidas de restaurante sem medo. Se a gente come, porque ela não? O que temos de tão melhor que ela? Claro que eu pegava sempre as coisas mais saudáveis e procurava o restaurante mais limpinho, mas não só por ela, eu também sou bem enjoada para comer. Quando viajamos para a Bahia, ela experimentou de tudo por lá. Só não abusei de frutos do mar porque não tinha hospital por perto, então fiquei com medo. 
Bebidas por aqui somente suco e água. Eu fiquei muito tempo sem tomar refri e papai meio que entrou na onda, só quando ele tinha muita vontade é que comprava uma Coca. Mas ela nunca experimentou e tenho certeza de que não faz nenhuma falta a ela. E não deixo ninguém tentar dar.
Seguramos o máximo que pudemos o contato com doces, mas chegou uma hora que não tinha mais jeito. Ela já estava na escolinha desde 1 ano e 1 mês e la todos os meses tem festinha das crianças e claro que tem salgadinhos, docinhos e bolos. Então começamos a ficar um pouco mais light com relação a isso, mas aqui em casa ela não come toda hora isso não. Somente deixamos aos finais de semana ou quando vamos em festas. Mas ela não come balas, pirulitos e nem muitas bolachas recheadas, as bolachas eu deixo comer algumas (2 no máximo por dia). Danoninho ela come, mas não todos os dias como sobremesa, prefiro fazer gelatinas ou dar frutas. Toma danone, estou dando o Activia por ela ter o intestino bem preso e acho que tem dado uma ajudada.
E pelo que vi no Globo Repórter estamos no caminho certo quanto a alimentação dela, oferecemos de tudo um pouco, com todos os sabores. Ela sempre experimenta o que lhe damos. Já comeu comida japonesa, feijoada, tempurá, yakisoba, sukiaki (nem moramos onde tem japoneses, deu para perceber né...rsrsrs) e praticamente adora todos.
Agora que está fazendo frio para caramba a noite por aqui tenho feito alguns caldinhos e sopas. No inicio ela até não quer, come seu arroz com feijão, mas depois acaba aceitando provar e adora, come muito. Outro prato que ela AMA é strogonofe, come praticamente 2 colheres de arroz cheias com o caldinho da carne. E não vejo problemas em dar, comemos 1 vez na semana e acho bem saudável.
O que eu vejo é que muitas mães com medo de errar ou por preguiça acabam enchendo a criança com papinha industrializada. A Gaby comeu 1 papinha e detestou... sempre preferiu a caseira. Mas a maioria das mães prefere as papinhas prontas, mesmo de fruta. E quando as crianças vão crescendo vão enchendo cada vez mais ela de tranqueiras, é salgadinho tipo isopor, bolachas sem fim, chocolates sem fim, refris, macarrão o tempo todo,  mingau e aí a criança não paladar para comer coisas saudáveis, porque vai falar que alface é mais gostoso que um pedaço de bolo de chocolate?
Na escola em que eu trabalho tem uma aluna que a mãe diz que tem alergia aos corantes alimenticios e que por isso não pode comer a merenda (não sabia que arroz e feijão tinha corantes....) mas quando vimos o "lanche" que ela leva quase caimos de costa: 6 bis, 1 refri, 2 club social...  peraí, comer arroz, feijão, legumes e verduras fresquinhos não pode, mas encher a pança com tranqueiras pode? Ficamos sem entender e mãe não nos trouxe uma receita médica provando o que ela diz.
E assim seguimos com muitas outras que coam o feijão e dão só o caldo, com crianças que só comiam mingau (com 5 anos), com criança que ainda toma mamadeira e chupa chupeta (com 5 anos) e com a maioria se negando a comer os legumes, verduras e frutas... tudo porque não tem o hábito em casa. 
Acho que toda mãe deveria ter consciencia do que esta fazendo com seu filho e de como ele será no futuro, porque depois não adianta ficar chorando pelo que não deu certo...

2 comentários:

Unknown disse...

Sylvia ... olha eu aqui outra vez! E para alimentar esse blog com muito amor, passa lá no meu blog e pega um selinho especial pra você!

Beijos,

www.monmaternite.blogspot.com

Mari Hart disse...

O caminho está mais do que certo! Tá certíssimo! É de berço que se aprende o que é bom!
Bjkas!!